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Mostrando postagens de maio, 2023

[2018] Resenha "A origem da obra de arte"

  Sobre a origem da obra de arte HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte . Tradução de Maria da Conceição Costa. Edições 70: Lisboa, Portugal, 1977. Andrews Jobim Estudante de Filosofia da Universidade Federal de Pelotas Martin Heidegger (1889 – 1976) foi sem dúvida um dos mais influentes pensadores do século XX. Sua mais famosa obra é Ser e Tempo , na qual prop õe uma ruptura na forma d o pensar, abr i ndo um amplo horizonte para as discussões filosóficas se desenvolverem da li em diante . A principal preocupação de sua obra é a questão sobre o sentido do Ser, que estaria presente no núcleo das primeiras discussões da história da filosofia mas que ao longo da tradição teria sido esquecida. Heidegger acredita na necessidade de reconduzir o pensamento a essa questão central para que o ser humano, com uma melhor compreensão do sentido do Ser e sua manifestação na existência, assuma uma posição mais autêntica com relação ao mundo e a si próprio. O m

[2020] Buscando um princípio de justiça

  Buscando um princípio de justiça Andrews Dubois Jobim Apresentação: A questão sobre a relação entre igualdade e liberdade é muito importante para a organização da estrutura da sociedade democrática em filosofia política. Diversos foram são os autores que propuseram as mais diversas soluções. Esta oficina é inspirada na abordagem de John Rawls. Esta apresenta uma solução a partir da ideia do contrato entre partes livres e iguais, assumindo que qualquer cidadão de uma mesma sociedade seria capaz de avaliar a justiça das instituições públicas (RAWLS, 2011) . Essa avaliação seria possível a partir d a posição original , isto é, um artifício representacional em que todos os aspectos contingentes da vida individual é ignorado por um “véu da ignorância”, estabelecendo um horizonte de equilíbrio e possibilitando um acordo entre as partes sem a influência de concepções de bem particulares. Nesse sentido, esta atividade visa criar um horizonte de diálogo rico e plural inspir

Inteligência artificial e ética

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[2020] A resiliência material do "eu"

  A resiliência material do “eu”  Andrews Jobim   1. Continuidade: Este breve ensaio não marca um início. Expressa a continuidade de um pensamento que surge como todas as demais coisas: pela convergência de linhas diversas sob a forma de uma singularidade. Este pensamento, que surgiu como tudo o mais, quer pensar justamente o surgimento de tudo, essa singularização que dá sentido a tudo. Seu foco principal é um problema fundamental da experiência humana, pois ao pensar sobre o surgimento das coisas, também poderá dar uma resposta ao problema da sua duração. O tempo – eis uma questão que assombra a filosofia há milênios, tendo sido contornada das mais diversas formas. Talvez não tanto pelo rigor filosófico quanto pela angústia que inspira. É o tempo que marca as diferenciações que o espaço produz. O antes, o agora e o depois só surgem quando postos em uma perspectiva temporal. Fora desta há apenas o inalcançável momento de atualização sob a forma do instante, que ao ser pensado p